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O pré-esforço é uma solução inteligente que conduz a estruturas de melhor qualidade e mais económicas para vãos superiores a 8 metros.
Júlio Appleton, Prof. Engº
O sistema de pré-esforço por pós-tensão foi originalmente desenvolvido para fazer face aos vãos existentes nas obras de arte, no entanto a sua aplicação e os princípios subjacentes têm sido gradualmente integrados em obras de construção civil. Por definição o pré-esforço é um artifício que consiste em introduzir, numa estrutura, um estado prévio de tensões, de modo a melhorar a sua resistência ou comportamento, resultando da sua aplicação estruturas de melhor qualidade e durabilidade. A utilização de pré-esforço permite a realização de vãos de maior dimensão, com lajes mais esbeltas e mais económicas concretizando as aspirações de arquitetos, promotores e engenheiros.
Composto por cordões de aço de alta resistência, os cabos de pré-esforço são instalados no interior da laje e fixos nas extremidades em ancoragens sendo posteriormente tensionados com equipamento hidráulico desenvolvido para o efeito, graças à sua curvatura em alçado e planta, a aplicação de forças nos cabos permite transmitir à secção da laje ações contrárias aos efeitos das cargas gravíticas. As cargas equivalentes assim criadas asseguram o equilíbrio parcial das solicitações de cálculo e criam uma compressão generalizada da secção da laje que permite a redução de armaduras passivas, a eliminação de juntas e um maior contributo da secção de betão para a resistência global da laje.
Os sistemas de pré-esforço indicados para aplicação em elementos esbeltos, como as lajes na construção de edifícios, são o monocordão auto-embainhado e o multicordão em bainha plana sendo a principal distinção conferida pela respectiva aderência à secção de betão.
O monocordão auto-embainhado é um sistema não aderente onde os cabos de pré-esforço são constituídos por um único cordão revestido por uma bainha de polietileno preenchida com um produto lubrificante. Este sistema permite maiores excentricidades, menores perdas por atrito e maior flexibilidade dos traçados.
O multicordão em bainha plana ou circular é um sistema aderente onde os cabos de pré-esforço são constituídos por vários cordões não revestidos e introduzidos numa bainha metálica posteriormente injectada com uma calda de cimento apropriada para o efeito. Este sistema permite mobilizar no Estado Limite Último a resistência máxima do aço de pré-esforço.
Ancoragem
TTM 1E15
Ancoragem
TTM 4N15
Nota: Para mais informações consulte o nosso site www.ferca.pt
Nota: As relações indicadas são meramente orientativas, para mais informação consulte-nos!
Em resultado da experiência acumulada em 40 anos de aplicação de sistemas de pré-esforço em edifícios, a Ferca dispõe dos meios, de software especializado e dos técnicos necessários para prestar total apoio aos projetistas nas fases de conceção, cálculo e pormenorização de lajes pós-tensionadas.
A introdução de pré-esforço em edifícios representa hoje um acréscimo de exigência e qualidade no processo construtivo, a par da certificação exigida em termos de materiais e equipamentos que constituem um sistema de pré-esforço, o método de execução assume hoje um papel relevante face à celeridade e controlo de qualidade dos trabalhos.
O AÇO de pré-esforço é constituído por cordões de 7 fios e caracterizado por elevados valores de resistência e baixos coeficientes de relaxação, na generalidade os aços de pré-esforço designam-se por normais, super e compacto a que correspondem secções de 140, 150 e 165 mm2 respetivamente. Para mais informações consulte a norma europeia EN10138.
Nota: Os valores indicados decorrem da norma EN10138, do Eurocódigo EC2 e de documentação dos fornecedores
As ANCORAGENS são responsáveis pela absorção das forças aplicadas e pela sua transmissão á secção de betão pelo que se constituem como elemento fulcral do sistema de pré-esforço, motivo pelo qual a sua produção é hoje alvo de exigentes processos de certificação pela “EOTA -European Organization for Technical Approvals”. O sistema TTM - tension technology dispõe de certificação desta organização de acordo com o documento ETA 15/0321, ETA 15/0329 e ETA 16/0472.
As BAINHAS em sistemas aderentes garantem a continuidade de esforços entre o seu interior e a secção de betão em toda a sua extensão, sendo constituídas por folhas metálicas corrugadas de forma circular ou plana. No sistema não aderente a bainha é de polietileno e colocada sobre o aço na trefilaria com preenchimento de uma massa lubrificante que permite o livre deslocamento do cordão.
O EQUIPAMENTO utilizado na aplicação de monocordão não aderente constitui-se como uma das vantagens do sistema uma vez que dispensa meios pesados na aplicação das forças envolvidas e não tem injeção das bainhas, os macacos hidráulicos para este efeito são equipamentos ligeiros transportáveis e manejáveis por um homem dispensando o apoio de grua para esta operação.
A aplicação de pré-esforço em obra executa-se em sintonia com as demais atividades inerentes ao processo construtivo não constituindo qualquer óbice ao cumprimento de prazos pré-estabelecidos. Acreditando que a preparação é a melhor forma de reduzir os tempos de execução, a Ferca elabora pormenorizados projectos de aplicação com detalhe dos traçados e das armaduras de reforço das ancoragens e cálculo das perdas e alongamentos, em obra o pessoal da Ferca segue o “Manual de Procedimentos, Qualidade e Segurança” da empresa de forma a permitir o registo das operações, o rastreio dos materiais aplicados em cada fase e a verificação da geometria e dos alongamentos.